- Mais uma vez temos “insignes” jornalistas a designar as monoculturas de eucalipto de florestas. Uma monocultura de eucalipto de floresta nada tem, é sim uma forma de cultura hostil ao solo, adversa a outros seres vivos, altamente consumidora de água, etc.. Como em tempos afirmou Joaquim Vieira Natividade “(...) uma cultura espoliadora que satisfaz apenas os interesses do momento (...)”. A cultura de eucaliptos em algumas zonas do país deveria ser proibida (em parques naturais e em determinados tipos de solos), bem como a cultura de forma tão intensiva. Atenção, nada tenho contra as entidades privadas que cultivam eucaliptos, cabe ao estado melhor regular esta actividade.
- Limpezas de matas: aparentemente a solução para os incêndios reside na limpeza de matas! Pobre país este que em termos de Silvicultura parece estar a andar cada vez mais para trás e a esquecer conhecimentos acumulados ao longo de vários séculos. Um bosque saudável (não estou a falar de aberrações - salvo determinadas condições, por exemplo de reversão da erosão - constituídas por Pinheiros Bravos, Eucaliptos e Acácias) raramente precisa de ser limpo, visto que a sombra e as folhas que caiem naturalmente contribuem para o controlo da vegetação infestante. Outras questões da maior importância residem no facto da “limpeza” reduzir fortemente os níveis de humidade do solo, destruir abrigos de animais, destruir todo um sistema complexo ecológico que funciona interligado em diferentes estratos, etc..
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