terça-feira, 24 de outubro de 2017

FACTOS ATERRADORES SOBRE O PINHAL DE LEIRIA

Jornal digital 'Observador', extractos de artigo de Marta Leite Ferreira, 19 Out. 2017, intitulado: Gabriel Roldão: “O Pinhal de Leiria já está morto há 12 anos”:

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O incêndio que matou o pulmão florestal de Leiria já tinha sido previsto há muito por Gabriel Ramos Roldão, estudioso e investigador da história da Marinha Grande, que acabou de lançar um livro com 748 páginas sobre a história do Pinhal de Leiria. Para ele, por detrás dos motivos que justificam o porquê de este incêndio ter acontecido, “está uma longa história”: “O que correu mal? É que o Ministério da Agricultura e Florestas, através do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), descapitalizou o Pinhal. Todos aqueles trabalhos de jardim que fazemos em nossa casa, de limpar a relva, cuidar das plantas, replantar flores, esses trabalhos básicos de renovação, restauro e replantação deixaram de ser feitos. O Pinhal é o mesmo, tem os mesmos hectares, e sabe quantos trabalhadores tem agora? 18. Antes tinha 700“.
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Este processo garante uma receita de entre três e quatro milhões de euros, que é pouco para o potencial do Pinhal. E mesmo assim, conta Gabriel Roldão, apenas 6% é usado na própria Mata e somente para “pagar a uns quantos engenheiros e mangas de alpaca”. Os outros 3,76 milhões de euros lucrados com o Pinhal serão “usados pelo ICNF para sustentação de outras florestas“.
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É assim há muito tempo, mas especialmente desde 2003. A 2 de agosto desse ano um grande incêndio consumiu 2.560 hectares de Pinhal por causa de um fogo posto por jovens que incendiaram pinhas e as atiraram para as árvores. “O fogo foi para norte e para sul e queimou uma zona grande junto ao mar a sul da Praia Vieira até por baixo do Ponto Novo“, explica Gabriel Roldão. Parte da área de proteção do Pinhal ficou reduzida a cinzas e deixada ao abandono: a vegetação desapareceu. Hoje, a areia que D. Afonso III queria travar nas dunas já cobre todo o solo numa extensão de mais de 500 metros.
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(…) é referido que 80% da zona de mata ardida há 14 anos está ao abandono, à mercê de um novo incêndio. “Isso constitui um desastre económico e ambiental. Não só há perigo de haver aqui um novo incêndio, como todos os anos se perdem milhares de euros deixando tantos hectares parados”, conta Gabriel Roldão ao Observador. E esse não era — nem é — o único problema da Mata Nacional: por cá, “ninguém limpa as matas, ninguém quer saber do património que está deixado ao abandono e em ruínas e ninguém liga às estradas esburacadas, tapadas ou intransitáveis” que serpenteiam o Pinhal. Na lista de problemas formulada pelos especialistas e entregue ao ICNF constam também a falta de trabalho de cultura no pinhal mais jovem, a destruição das dunas causada pelas motas, o facto de as árvores mais novas estarem a ser cortadas para alimentar a indústria, e a falta de conhecimento sobre o ordenamento do território.
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Fonte do textos acima, Jornal digital 'Observador', extractos de artigo de Marta Leite Ferreira, 19 Out. 2017, intitulado: Gabriel Roldão: “O Pinhal de Leiria já está morto há 12 anos”.

domingo, 22 de outubro de 2017

HOLOCAUSTO DO PINHAL DE LEIRIA

Foto de Paulo Cunha 

Foto de Paulo Cunha

Foto de Paulo Cunha


Ao fim de 750 anos de vida o Pinhal de Leiria (Mata do Rei) foi praticamente todo destruído. Ano 2017. 3.ª República - XXI Governo Constitucional de Portugal  


segunda-feira, 16 de outubro de 2017