«Alguns fetos conseguem propagar-se vegetativamente
(assexuadamente) por meio de rizomas ou bolbinhos produzidos nas folhas, mas a
propagação faz-se, em geral, por meio de esporos formados nos esporângios. Na
maior parte das espécies, estes são bem visíveis durante a época de reprodução
(de coloração amarela, alaranjada, castanha ou cinzenta, distinguem-se bem do
verde da planta), mas é preciso virar a página para os encontrar: estão
situados na face inferior das folhas (podendo também surgir nas axilas ou nos
vértices). Noutras, surgem em folhas férteis distintas das restantes, como
acontece com o feto-real (Osmunda regalis),
que possui folhas externas estéreis e internas com parte terminal fértil de cor
vermelho-acastanhado, pelo que também é conhecido por “feto-florido”.
Distribui-se por quase todo o país, em zonas húmidas (preferencialmente
acidófilas): margens dos cursos de água, fendas de rochas e bosques caducifólias.»
Jorge Nunes, artigo “Fetos – Plantas muito primitivas”, pág.
42 a 49,
Revista Super Interessante (Portugal), n.º 176, Dezembro 2012.
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